segunda-feira, 19 de julho de 2010

Forever Young













em contato constante, até crítico, rs, com meu lado feminino. Longe dos amigos e perto da irmã, acontece. Só tomando cuidado para manter os cabeleireiros em uma distância segura. O dia-a-dia que não tem começou ou fim, dias que duram semanas ou horas, e lá se vai minha companhia, para o mesmo lugar do arquiteto, meus amores, tomara que se esbarrem por lá, enquanto as folhas não caem.

Young Forever

Dancemos com elegância por enquanto.

Afinal, nunca fomos humanos, e percebo que deuses por hora não são convenientes.
Dançarinos então.
Os maduros riem, se irritam e brigam por estarmos dançando pois a música toca numa frequência e numa amplitude particular.
Alguns escutam de uma maneira diferente, dolorosa ou sem graça, outros nem mesmo escutam, e por isso se martirizam tanto.
Criamos os passos, e o ritmo, e o melhor.
Flexibilidade.
Não só do corpo, mas para acelerar e reduzir as batidas de nossa música, escutar ou não a letra (que quisermos).
Sabemos que não precisaria escrever isso aqui, ou desse jeito para saberem que fui eu que escrevi.
É justamente isso, flexibilidade é a melhor virtude para dançarinos.

Somos jovens,
desejando o melhor, esperando o pior.
Jogarão a bomba ou não? estamos esperando..
Temos o poder mas nunca dizemos nunca. Até peço desculpas por isso.

É verdade, só tem um jeito de viver isso de um modo eterno.
Viver de um jeito novo e jovem.
Sem amargura, com a maturidade de alguem que viveu e viverá para sempre.
Minha junventude é a melhor experiência de vida, sem preconceitos.

Eu sei, todos sabem, que nunca usei minha juventude como justificativa pelos meus erros,
jutamente porque ela é a justificativa dos acertos e vai contra tudo aquilo que me arrependo, fui um velho achando que poderia errar, e pior, acreditar que é normal.
"Mas errar é humano."
Justamente por isso, filho meu, ou pai.

Nada de medo no "quando?", "como?", "porque?".
Sempre sei as respostas.
Quando amo amando porque amo.

Agora entendo o desejo suicida,
não quero morrer,
quero saber como é estar vivendo o último dia de minha vida.
Não erraria (na verdade, poderia até errar, mas pelo motivo)
mas acertaria como se fossem minhas últimas decisões, palavras e atitudes.
Como se fosse, apesar de jovem, eterno.
Tendo sempre aquelas marcas, fazendo história (percebendo ou não isso),
fazendo memórias (em mim e nos que me amam e eu amo),
fazendo vidas (dentro daqueles que realmente toquei),
fazendo possibilidades (que nunca acabariam com um possível fim),
fazendo universos (saindo desse corpo finito) ,
fazendo vontades (de me ter de volta, sem me prender como antes),
fazendo libertade (valendo naqueles que nunca poderia ensinar).

Coreografando.
Uma dança que não se decora passos.

Jovem para sempre jovem.
Uma verdade absoluta nasce quando deixar de ser passado e morre quando passa a ser futuro.
Só existe o hoje então, com todas elas, e com a principal também.
Adeus.
Hoje é meu último dia de vida.
De novo.


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