segunda-feira, 31 de maio de 2010

Destruí esse santuário e em 10 dias o reconstruirei.: 4º dia

Ontem o dia foi mais brando.
Construções seguindo, engenheiros orgulhosos deles mesmos.

Uma prova no começo do dia,
fingi que ela não estava lá,
lia Paixões no lugar de funções.
lia "imbecil, animal" no lugar de Brasil colonial.
lia "amando essa pessoa" no lugar de Fernando Pessoa.
lia tortura no lugar de musculatura.

Quase não me aguento em pé.
Ajudar um amigo é a única coisa que dá significado a minha vida nos últimos tempos, e é esse o motivo de minha saída.
Me vejo na tela do cinema lutando contra Deuses, temendo me tornar um e me arrepender, mas a tentação é forte.
Perdendo todos os titãs que me ajudaram durante tanto tempo, Fé, Segurança, Força, Confiança, Equilíbrio, Amor, Felicidade, Coragem, todos morrem em meus braços.
Me negando a usar as armas mais eficientes para acabar de vez com a dor, pois tais armas me fariam negar minha própria essência; todos olham e gritam "VAMOS! PEGUE! SE NÃO SERÁ O SEU FIM!" eu me recuso, o Orgulho ainda não morreu, preciso vencer essa batalha do meu jeito, e só assim me sentirei vitorioso.

Então vem cá, me dá sua linda língua, portuguesa ou estrangeira,
Só de pensar na nossa química, um desejo físico, sem razões matemáticas, pois elas tiram a prática..
Sim ainda sinto saudade de ser objeto de desejo, e agora parece lógico a decisão de desejar também, desejar quem me deseja e não quem evita, levita, me limita, precipita.

Um precipício.
Quando escontramos um na vida devemos pular.
Ou conseguimos alcançar o outro lado,
ou caimos, e caimos até o inferno.
Porém, aquele que chega no inferno se torna mais sagaz, mais inteligente, potente e sábio.
Menos comum.
E cada vez que chegamos ao inferno nos tornamos mais... e menos comum.
A decisão de ficar parado esperando algo que nunca vai acontecer nem é uma decisão de verdade.

Mas matenho a calma, tomo fôlego, alongo os músculos e olho o horizonte.
A hora do salto está chegando.

domingo, 30 de maio de 2010

Destruí esse santuário e em 10 dias o reconstruirei.: 3º dia

Ontem começou pior ainda.
Se os olhos ja conseguem mentir,
o corpo não..

Pele em chamas, olhos inchados, e estômago cheio de agulhas.
O corpo pede socorro, e sucumbe.
A mente é uma praga, contamina e destrói, a razão parece não ter razão.
O apetite já foi, nada mais me dá água na boca, nada tem gosto, cheiro e cor.
Só imagino como seria ter paladar, tato e visão.
Essa psicoadaptação infindável, ou me enquadro na ideia de que nunca acontecerá mesmo e que eu sou só mais um, ou na ideia de que eu realmente consigui mudar meus sentidos/mentos como o fazia antes.

Estou completamente só. Sem espaço.
Tudo isso porque basta uma fagulha de otimismo ao ouvir a melhor coisa do mundo, que todo o resto pega fogo e eu volto a sentir. Paixões, Odeio paixões, mas não é a mesma coisa?

Só quem ja teve uma reação depressiva sabe o que estou falando.
e 10 dias é o tempo limite, ou afundo de vez, ou levanto, com o mundo nas costas.
Alguns afirmam ser a "depressão dos pensadores."
Pois enxergo tão longe que não consigo mais interpretar as coisas que passam em baixo do meu nariz, elas não tem sentido.

Uma felicidade no meio da noite me alegra.
A felicidade nos olhos dos colegas que esqueci, mas que ainda amo.
as pessoas que não conheço, sim, felicidade contagia.
E dos amigos, enfim, meu irmão com um sorriso.

Há também uma demonstração de afeto e de que alguém ainda sente atração por o que eu sou, ou era.
Aquele olhar apaixonado que eu conheço bem, os coxixos e o sinismo de que não liga.
Quem olha de fora acha que sou burro ou doente por não retribuir.
Mas retribuo, pelo menos dentro de mim.
Fora não.
Lembro do que um dia eu também senti.
Sinto saudade de alguém sentir isso por mim.

Não sei se a alma mais tranquila ou se a falta de descanso do cérebro,
a melatonia ou a seratonina, mas a noite de sono foi melhor.

A construção continua.
"E eu não estou entendendo nada do que você quer dizer, você diz que é pra eu ficar quieto depois diz pra eu me mexer.
E eu não estou fazendo nada mas também o que é que eu vou fazer? Eu não to sabendo nada mas também não quero nem saber."
diz a minha consciência.

sábado, 29 de maio de 2010

Destruí esse santuário e em 10 dias o reconstruirei.: 2º dia

Ontem foi o segundo dia.
Já me via na esperança de conseguir me convencer.
Agora os olhos também mentem.

Consigo controlar minhas reações e olhares.
No começo do dia tenho esperança e fé.
Coisas que me fragilizam, mas não me deixam cair.
A idéia de esquecer a minha vida parece boa.
A construção está em fase de preparar a fundação.
Criar meu alicerces em esperança e fé vai contra minha vontade e razão.
Nunca serei livre assim.
Os crio então na razão, sem espectativas, quase aceitando a derrota, mas lembrando da vitória de ter conseguir me mudar de idéia.
Entrar em contato com nossas fundações dói como nenhuma dor antes sentida..

No fim do dia, a estrutura cede, a construção cessa.
Preciso ajudar um amigo a segurar a sua.
Infelizmente o estrago parece tão ruim quanto a minha, e isso nos une, de uma forma ou de outra nos une.
Lágrias engolidas e conselhos na manga.
Conselhos que eu adoraria ouvir.
Do lado que estou vejo que eles são inúteis, mas tenho a maldita fé que não o seja para ele.
O fim do dia quase estraga o progresso, as dores refletidas, somadas, a minha e a dele, em ambos, nos purifica, e as lágrimas e dilúvios imaginários no chuveiro fazem a dor no coração diminuir, ou a de outros lugares aumentar.

Pior do que nunca, como uma lesma, rumo ao meu objetivo.
Mas avanço, e mais um dia avança.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Destruí esse santuário e em 10 dias o reconstruirei.; 1º dia.

Ontem foi o primeiro dia de uma batalha contra a morte.
Destruí todas aquela dores e amores, qualquer coisa que sentia, e passa a ser minha responsabilidade juntar as pedras e me reconstruir.
Minha responsabilidade, não é culpa de ninguém, nem de deus(pelo menos não o seu).
Levanto a cabeça.

Ontem foi um dia de derrotas, sentido e com a pele ardendo.
Não fui capaz de fugir para meus sonhos ou meditações.
Meu peito doía quando eu deitava e parava.
Como se parasse de doer quando levantava.
Acho que a dor só aumenta em outras partes e eu não consigo distinguir o que é coração e o que não é.

O primeiro dia sempre é assim, mas eu vou conseguir me convencer.
Preciso.
O caminho que tenho que admitir o "erro" é bem pior, eu acho.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quiraptofobia

é o medo de ser "tocado".

Creio que agora ela não o sinta mais, não de mim.
Mas insisto, mesmo acreditando.
"de mim, não precisas ter medo."

Acho que ela levou a sério de mais, hoje estamos em contato constante, não só fisicamente.
Minha mente e a dela já começam a quebrar as leis da física.
Duas, em um só tempo e lugar. Que descobri (nessa minha maneira) que são a mesma coisa, e por sua vez são uma só, tudo aquilo que sinto, sem tradução.
Quebrar as leis da física, isso é coisa de deuses.

Me irritando cada vez mais com suas qualidades e me apaixonando por seus defeitos.
Por seus defeitos ou pelas suas atitudes ao saber que são defeitos.
E por saber que ela pensa que eu sei o que são defeitos e qualidades.

Sua alma tem janelas enormes, metaforicamente ou não, não importa.
É assustador saber que só eu consigo ver certas coisas em sua retina,
é quase que impossível não enxergar, ainda mais quando as lágrimas (não sei se as da janela ou se do meu coração, que chora vendo ela desse jeito) servem como lupa.
O que todos passam anos procurando, reflete agora na minha retina.

E pelo que parece é a única coisa que ela consegue ver, ou só sabe pelo que minha voz expressa.
Mas insisto, mesmo acreditando no contrário.
"as palavras não estão aqui (apontando para a boca)
e sim aqui (apontando para os olhos)."

Isso, lembra? principalmente os olhos.
eles não metem, pelo menos se recusam a fazê-lo pra ti.
Por mais que eu saiba que minha janela seja microscópia, metaforicamente ou não.
Um dia alguem terá que ler minha retina, afinal um amigo já conseguiu.
Espero que só consiga quando ela se refletir na sua.
Sou egoísta com minhas lentes. Por enquanto ela só formam manchas negras no travesseiro ou nas páginas de um livro que deveria me fazer mais feliz.
Pois meus olhos já doem de tanto tempo que estão abertos, esperando.

Me faz crescer, não sei se intencionalmente.
acho que não me faz bem algum intencionalmente.
Desmonta meu mundo, joga as partes ruins fora, pega as partes boas e joga no meu colo.
"Se vire, 'meu bem."
Muitas certezas agora no lixo.
Muitas perguntas no chão.
E agora ela sabe que não consigo ficar bem enquanto não responder uma por uma, com verdades absolutas, coisa que ainda to reaprendendo a fazer.

Prometi 3 lugares.
Nossas retinas.
Nossos corações.
e o terceiro, e sim, menos importante ( o que poderia ser mais?) ainda está por vir.
Mas insisto, mesmo acreditando que ela acredita.
"se fosse fácil assim, eu seria uma farsa."

Dizes que não queres que eu seja como ele, e eu não serei.
Ao invés de te ensinar a escolher sozinha, prefiro provar que nunca vais estar.
Não se depender de mim.

Mas quem dera que tudo só dependesse de mim.

Mas insito, mesmo acreditando que ela irá odiar.
".........................."
essa frase vai ficar gravada no lugar menos importante.

domingo, 23 de maio de 2010

Saudade

É, parece que ainda não criaram um nome para fobia de ter saudade.
talvez porque não seja necessário, afinal, saudade é dor? saudade é amor?
perguntas aparentemente simples que nem Spinoza, Descartes, Kant, Crowley ou Cristo responderiam.

Hoje sou saudade.
meus olhos, minha pele, ouvidos, boca, cérebro, principalmente os olhos.
minha voz tenta mentir mas eles não conseguem.
"Não, não é nada."
desculpe, mas que ingenuidade sua acreditar nisso.

(Passado?)
Sinto saudade daquele Deus Rei da minha infância.
Um dia serei forte o suficiente para gravar nome do homem mais importante do universo em minha pele.
se o paraíso( igual para todas as pessoas) existe, ele é exatamente como meu avô escolheria.
e acho que foi por isso que ele foi embora um tanto quanto cedo.
"Vamos logo, preciso de um engenheiro de confiança para construir esse tal de paraíso que os homens tanto desejam."
é o que Deus falaria para ele.

(Presente?)
A saudade do melhor irmão que escolhi.
sabendo que ele vai se tornar um dos melhores deuses do mundo.
que é a melhor escolha para ele, mesmo sabendo que, com o tempo, nos veremos cada vez mais e mais.
As coisas que me ensinou e que mostrou aprender com o pouco que pude ensinar (se é que ensinei alguma coisa além de provar o quanto infantil e tolo sou, mas isso, todo já sabem).
A pessoa que mais mudou minha vida, e melhor, me ensinou a mudá-la, sozinho.
Mas quero que saiba, sozinho nunca, afinal, somos um só.

(Futuro?)
A dor e o amor mais forte, é a saudade daquilo que ainda nem aconteceu.
Sonho com/no presente que somos quase um só,
Lembro do passado onde eu jurei para mim mesmo...achando que tinha autocontrole.
Não idealizo o futuro, penso nele, pois nem o futuro ideal seria melhor que um futuro com ela.
Imaginando que ela (nunca) pode sentir o mesmo.
Sabendo que quase nada mais importa.
Descobrindo que a minha maneira só pode ser a melhor ou a pior maneira.
Percebendo que eu prefiro estar preso à ela do que viver essa dor livre.
Sabe essa incerteza? não? eu também não sei, acho que é só saudade de seus medos particulares.
Continuo..
não ligando para o que eles vão falar.
pois ninguém está aqui no meu lugar.
nem sente o que eu sinto por você.
ninguem entende nada, eles nunca irão saber.

No fundo nunca se toma uma conclusão sobre a saudade.
E é assim,
Com um sorriso no rosto,
e com lágrimas nos olhos ( principalmente os olhos) que vou fingir que consigo pensar em outra coisa.
E é assim,
tão feliz que estou triste ( por não fazê-la feliz ainda)
tão triste que estou feliz ( por conseguir sentir coisas que só ela consegui me lembrar que eu sentí um dia(?), ainda sinto(?), e talvez continue a sentir(?), me lembrando que ainda sou humano).
E é assim,
com unhas e dentes desgastados de tanto lutar, porém mais fortes, sempre.
me atiro do alto, e que me atirem no peito pois da luta não me retiro.
E é assim,
cego, surdo, mudo, e paralizado que a saudade me deixa.
E é assim,
que tiro minhas conclusões.

Acho que é isso a saudade,
todos os sentimentos opostos em um só.
os amores e as dores,
as certezas e as incerteza,
todos nossos deuses e demônios, (não estou olhando da distância certa para saber se estão em um campo de batalha se degladiando ou em uma cama se amando)

Mas quem sou eu para saber o que é o oposto do que?
Sou o cara mais contráditório do mundo.
Nunca "achei" tanto as coisas.

É, a saudade faz isso com a gente.
E se eu estou bem?
"Não, não é nada."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eleuterofobia

começou
hoje
uma nova era.

uma era onde meninos não precisam morrer, pois precisamos de sua inocência e sua ausência de medo, apenas precisam dar as mãos a homens experientes que possuem consciência e liberdade ( aquela de Spinoza, onde devemos fazer o que é de nossa natureza, nossa meta, nossa vontade) ou libertinagem mesmo, nem que seja apenas para respirar.

sim,
respirar.

uma era onde se separam os homens que usam máscaras para esconder suas fraquezas dos deuses que usam máscaras para fingir que têm alguma, onde tudo se torna previsível para aqueles que sabem onde e de qual distância observar.

sim,
respirar,
observar.

uma era onde nem um céu nem um inferno pode nos parar, e os demônios e anjos dentro de mim não brigam, se respeitam, e aprendem um com os outros; e experimentamos dores terríveis as quais julgávamos ser simples e pragmáticas, na verdade, se mostraram, no mínimo, mortais, e nos fizeram levantar.

sim,
respirar,
observar,
levantar.

uma era de revoluções nunca antes vista; potências multiplicadas; vontades reerguidas do subconsciente; sentidos aguçados; vontade de ter de volta o poder; tristezas substituídas por páginas de gênios que me consolavam; sintomas da loucura.

Deuses renasceram.
Nada, Ninguém, Nunca, nos impedirá.
E os homens que se cuidem, pois estamos..

LIVRES!

sábado, 15 de maio de 2010

Tanatofobia.

Estou exausto.
Vivendo meus piores pesadelos,
sonhando minhas melhores lembranças,
desistindo de um fingimento de insistência.
Desistindo de uma vida, minhas vidas.

Estou preso.
Tentando fugir da ilha de solidão que eu mesmo comprei,
onde ninguém me alcança,
nem eu mesmo,
onde só visualizo as pessoas do outro lado do mar.
Desenterro os corpos em putrefação que minhas outras vidas deixaram pra
trás,
tento construir uma jangada e atravesar aquilo que chamamos de emoções.
Feliz(mente) não aguento a viagem e tento me afogar no meio do caminho.
Infeliz(mente) o mar não é tão fundo quanto pensei.

Estou calejado.
Um calo calado que grita o acúmulo de ausência.
Estou sem mim, sem ela, sem eles, e sem Ele.
um calo feito por aquele ego hipertrofiado,
um egoismo maternal, um ciúme cristão.
Um calo quase tão grande quanto meus olhos,
quase tão pesado quanto minha consciência,
quase tão inútil quanto minhas lamentações,
quase tão opressor quanto meus defeitos.
QUASE.

Estou divinificado.
O Deus que está em mim é um Velho onipresente, e onisciente,
sabe tudo, vê tudo, está em todos os lugares.
O Deus que está nela é uma Criança onipotente,
que tenta segurar as cordas de sua marionete preferida,
O Velho onisciente que está cansado de ser deixado cair pelas mãos fracas da Criança.

Talvez o velho consiga poder.
Talvez a criança amadureça e abra bem os olhos.
Mas talvez isso não seja o suficiente.

"Insisto, Desisto."

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Miedo

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo en una sombra que el temor no esquiva
El miedo as una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

O medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias ou em rota de colisão
O medo é de Deus ou do demo? É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir

Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá

sábado, 8 de maio de 2010

Tropofobia

QUEM MATOU A REVOLUÇÃO?

faça-a nascer em você.

não tenha medo de mudar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Agorafobia

um dia, uma velha senhora me falou, "quando for começar a escrever alguma coisa, comece com a coisa mais triste que já aconteceu com você.", eu provavelmente devo ter sonhado com isso, mas é assim, que começo esse blog, um pouco perdido, sentindo medo, e duvidando de quase tudo em que acredito.

acho que o título do blog não vai ser bem interpretado, mas para pensar, isso é um dos principais sinais de que você é um ser humano e vive. Sim, o medo, uma "paixão" quase tão inevitável quanto as outras, muito abominada, porém nobre.

Até mesmo os mais "crentes" (entenda crentes como religiosos em geral) e mais céticos sentem medo, não importa do que, mas sim porque...

Agorafobia é conhecida por ser o medo de ter medo, então acabe com ela pois eu lhe faço um convite..

TENHA MEDO.