domingo, 1 de agosto de 2010

A dor e o prazer de ser você mesmo.




























adivinhem só. Isso mesmo, não tem graça. O ultimo final de semana das férias vai ser um caos. Pelo visto regado a corridas pela cidade e à insight's não muito produtivos. As músicas tristes fazem bem mais sentido, claro, mas nada que um grito já conhecido por mim não resolva.


O mundo vai parecer menor do que nunca.

O mundo vai ser menor do que nunca.
Diminuir o mundo.
No sentido literal, o planeta.
Pois o meu mundo, provehito in altum.
Tente fazer um universo parar de crescer, tente faze-lo diminuir.
O meu é impossível.

Diminuo o planeta para que distâncias não existam,
e enquanto meus braços não são grandes o suficiente, meu olhos alcançam.

Um olhar capaz de dar a volta no planeta e se encontrar de onde saiu,
ou se encontrar no meu olhar, no meu lar.
Quando vejo onde quero chegar, consigo, cada vez mais rápido.

No horizonte, mar e céu são a mesma coisa.
Nado nas nuvens e procuro nas profundezas alguns Argus que faltam.
Claro, cada um tem o seu.
Mas não sou só um.
Terei todos enfim.
Terei todos em mim.

A dor e o prazer de ser você mesmo

O prazer evidentemente foi sempre maior,
não acreditar ou achar, o prazer de saber.
Saber que só você sabe.
Saber que só você pode.
Saber que só você tem.
Saber que só você é.

É um prazer enorme, que nenhuma dor apaga.
Mas com um dos maiores prazeres em mãos, os outros prazeres perdem a graça.
O maior apaga os menores, você esquece o gosto de certas coisas.
Durante muito tempo, você se contenta com esse maior,
acaba perdendo ou acabam tirando os menores de você, mas você nem repara pois durante muito tempo você se contenta com esse maior.
Mas aí, o tempo acaba.
Essa é a dor dos prazeres.

A dor é uma espécie de simbionte,
ela se alimenta e mata o hospedeiro,
e não se engane, a maior não faz com que as menores morram.

A dor que te trás para baixo,
a dor que faz você lembrar do gosto de cada dor sentida na vida.
A dor que faz você pensar, por um instante infernal, que o prazer não vale a pena.
A dor que cria uma armadura dentro de você, para que nada de fora entre sem permissão, e nada de dentro saia sem reflexão.
A dor que te faz crescer, e crescer mais forte.
A dor que te faz saber que só você sabe, pode, tem, e é.
Esse é o prazer das dores.

There can only be one

Eu sonho ser tudo que sou e quero ser,
desde que tenho, provavelmente dez ou onze anos.
Eu lembro de ver meu avô conseguindo ser tudo que queria ser.
Eu me decidi alí,
Aquele seria eu, eu faria parte daquilo.
Alguns sonhos padecem no tempo.
Mas esse não.

-

Deuses nascem,
mas eles nunca morrem.
Deuses vivem eternamente.
Os nomes e as histórias podem mudar,
mas o sentimento permacene.
O que importava antes, importa agora.
Deuses nunca morrem.

-

Todos queremos respeito.
Você quer dos seus pais,
você quer dos seus amigos,
você quer até dos seus inimigos.
Existem milhões de maneiras de conseguir respeito.
Porém, só existe um jeito de conseguir o tipo de respeito que é inegável,
que nunca, nada nem ninguém poderá tirar de você.
Vencer.

-

Ninguém gosta de falar sobre os sentimentos que sentimos ao chegar aqui,
perto de tanta responsabilidades e decisões,
escolhas que mudarão e marcarão sua vida para sempre.
Um desses sentimentos é o medo.
O medo de que você chegou até aqui e pode tudo dar errado.
O medo de que o sonho pode morrer.
O medo de ser tocado, de viver, de deixar de existir...
Mas eu?
Eu gosto do medo.
Ele diz que estou perto.
Ele diz que estou pronto.

-

Se só posso ser um, serei esse "um" que tem tudo e todos dentro de sí.
Se sentirei dor, será a dor de enfrentar o prazer.
Se sentirei prazer, será o prazer de sentir dor.
Com esse olhar sem medir distâncias, eu vejo vocês.
Todos vocês.
Com esse olhar sem medir distâncias, eu vejo você.
Tudo em você.

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