segunda-feira, 16 de agosto de 2010

100 suns

estava até com saudades. e os textos à mão têm um significado especial, o desespero, já vamos falar dele.
descobri o melhor lado de escrever, dizer que ficarei sem lirismo é me enganar, trocar tudo de lugar sem saber onde botar, nas mãos não ficará. O copo estava tão bonito cheio daquele jeito, e essa experiência de encher e esvaziar o copo nos deixza realmente derrotados por um tempo, sem chance de passar para a próxima luta, próximo luto.

Dor aumenta, tormenta.


Os que dizem que a dor é tão grande que se auto-anestesia estão falando por si só, pois me sinto em chamas e morrendo afogado como se já não bastassem as dores e agonias que o corpo me proporciona.

"..., me ajuda?(!)..."

Chega de duplas interpretações para minhas metáforas.
Lidando bem desse jeito com as suas dores me deixa orgulhoso.
Saber que isso vai ficar mais longe é mais dolorido ainda.

Longe de certas pessoas despedaço, e como algumas nunca mais posso encontrar, cola nenhuma funciona. Na verdade despedaço por falta dos que estão perto, certo, não tem mais controle.

Me sinto frágil e vulnerável como nunca nem imaginei estar, talvez o monstro tenha perdido a prática e o costume de caçar, sem treinar não é mais o topo da cadeia alimentar.
Doce ócio, dócio.

Insistência é uma coisa preciosa, que corre em minhas veias por natureza, Darwin diria que é a seleção natural, Lamarck diria que é a lei uso do excessivo, os mais modernos diriam que é a genética. Talvez esteja em toda a parte mesmo, mas e se eu morrer?
Deixar de existir, desistir.

Absorver as coisas ruins do mundo e tentar reciclar tudo isso para evoluir, achar que posso aprender tudo de uma vez e mostrar minhas teses de maneira rápida e eficaz, sei que posso, mas não quero. Sentir isso tudo e mostrar de uma vez o sentido. Sou um idiota mesmo.
Débil expressão, depressão.

Senhor do tempo, faço tudo que quero, quando quero. Mas esqueço que o tempo que corre para mim, por seu meu, não é o tempo dos que amo e preciso, e perco companhias no caminho, envelheço mais depressa ou devagar, mas perco os interesses. O necessário não me parece mas o é, e eu perco, no meu tempo as coisas támbem não capazes de escorrer entre meus dedos.
Disperso por isso, desperdício.

Hipocrisia me envolvendo, perdi até o sentido das minhas palavras. Quando volto a escutá-las pela única voz capaz de tocar minha alma percebo o quão não tenho me seguido, te seguido. Achar que poderia caminhar torto pelo caminho, achando que o certo era sentir isso desse jeito mesmo, o sofrimento purificaria as coisas para o final. Mas no fim, a dor e o sofrimento só nos deixam pior, nos fazem ser piores.
Torto sem cura, tortura.

Cem sóis, sem sós.


Quando deixamos de acreditar nos argumentos nos consideram incompreensíveis; quando deixamos de acreditar nas evidências nos consideram burros, inocentes, infantís, cegos; quando deixamos de acreditar nos fatos nos consideram loucos.

E é por aí, que deixo de acreditar no começo ou no fim do mundo,
nas estrelas e na terra,
no dia e na escuridão.
Não creio nem em deus nem em demônios,
nem na luta ou na paz.

Dream, Delirium, Desire, Destiny, Destruction, Despair and Death.

Junte os perpétuos na medida correta (correta para o propósito definido) e você obtém a pior noite de sua vida.

Alguma coisa aqui dentro realmente não está correto, o pesadelo não veio de outro lugar mas de minha mente, ou da alma, quem sabe, e eu prometo vingança, à mim mesmo, e à tudo que tenho me deixado permitir de mal para mim. Não uma vingança violenta e inconscientemente brutal, mas uma vingança de verdade, a pior delas, destruir de vez tudo isso. Não cortando o mal pela raiz como uma erva daninha, mas como no maior incêndio, controlando o fogo aos poucos e salvando das queimaduras as partes mais importantes, apagando e destruindo as brazas para que nunca mais volte a acontecer.

Bem que eu gostaria, mas seria uma tortura para vocês e uma crueldade da minha parte realmente contar esses pesadelos, nem as vívidas e detalhadas cenas de insanidade nem um resumo do que aconteceu. A dor ultrapassa qualquer barreira mesmo, me fez adormecer, mas o fez apenas para contaminar minha parte favorita, a mais cuidade e preciosa, e me acordar de tanta dor de novo, de fora para dentro, e de dentro para fora.

Estou realmente apavorado, com medo até de piscar.

Desculpa minha hipocrisia.
Me ajuda?
Posso não acreditar em nada,
mas acredito no que sentimos,
mas acredito na verdade que somos.
Se tenho o poder de realizar sonhos,
tenho o poder de destruir pesadelos.

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