segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Point of No Return.


























ontem o dia foi estranho, mas estranho demais, até pros meus padrões. Eu não ví ninguém, até meu reflexo no espelho estava meio ausente. Eu não falei com ninguém, a comunicação estava péssima e se limitou ao teclado. Eu corri durante 3 horas, cansei como nunca, mas presenciei momentos eternos. Eu comecei a ler um livro muito sujestivo essa madrugada.

Stairway to Heaven


Saí procurando uma parte do caminho,
e com meu olhar sem medir distâncias tentei enchergar o mais longe possível,

mas nunca o fim do caminho.

Corri.

Com os olhos flexíveis, passando por tudo e todos.
O caminho não se revelava.
Me traía, me deixava perdido.

Corri o triplo do que meu corpo realmente aguenta
Alimentado pela vontade, pois a boca não engole como antes.

Alguma voz dentro de mim, não sei qual, disse pare.

Parei,
Alguma voz dentro de mim, uma diferente mas irreconhecível, disse olhe.
Olhei.

Ví que decerto já tinha caminhado o caminho que procurava


Um Argus Apocraphex.

Enfim, foi feita minha vontade,
na verdade, apenas dela surgiu o que queria.

No princípio, sem verbo, com vontade.

Pensei em continuar correndo,
mas para onde?

Com a vontade de saber para onde ir,
tenho minha resposta.

Um caminho, aos poucos, me é revelado.

Não precisei correr,
precisei esperar, ter paciência.

O caminho, está à vista, e sobe, como uma escada, e o começo de minha construção.

O fim do caminho não é revelado.
Por quê? Porque eu não tenho vontade que seja.

A luz que esconde o final é a luz que me faz seguir, que me guia.

Agora, o novo pedaço do caminho está a minha frente.
Tapando as lacunas a cada momento,
começo a caminhar com cada parte de mim,
Corpo, Mente, Alma.
Cada passo que dou, é um ponto sem retorno.
Decido pois cada um é eterno e permanente.
Com esse "porquê" não importa o "como".
Completo, completo o caminho.


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