domingo, 11 de novembro de 2012

Sofia


Chega de complicar,
e parece que tentar simplificar já é forçar.
Seria como falar:
-pare de pensar!
Não dá.

Meus olhos fogem do seu olhar,
procurando eu e ela mesma em outro lugar.
Sem folego para gritar,
basta me tocar.
Agora.

Não há sentido em atribuir sentido.
Parece que vou implorando por uma guia.
Ela é meu anjo da calma,
pois sem ela, nenhum me guarda.

O barulho do meus dedos nas suas orelhas,
o cheiro natural de madeira,
a cor forte, mas opaca,
eu tenho sorte, minha alma é fraca.

Mata a sede dos justos,
mas que injustiça só te procurar quando não suporto,
quando me vejo torto, sem jeito, esqueço.
Só a saudade para lembrar que preciso dela não só no tormento.

Cansei de complicar.
E esse texto está na hora de acabar.

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