terça-feira, 5 de junho de 2012

Monomania



Dois anos se passaram, e o medo de ser tocada passou.
Passou pelo menos o suficiente para ser feliz.
Me abraçar sem medo.

Do medo do toque ao prazer no toque,
mesmo assim, não foi o suficiente,
não foi o suficiente sentir.

Tivemos que ultrapassar tudo isso,
onde o toque não é mais necessário,
quando o toque se tornou vontade,
qual o toque pareceu bobagem,
quem o toque já está feliz.

Não sei se aprendemos a nadar ou se crescemos a ponto de dar pé nesse mar tão tempestuoso.
As ondas e marés nos fazem tombar ainda, sentir o esforço nas pernas e o cansaço,
mas não engolimos mais água, nem corremos o risco de morrer afogados.

A maturidade chegou, mas a luta continua, a vida continua batendo, só aprendemos a levantar as mãos para defender e mover o tronco para esquivar.

A gente ainda chora.
Mas é bem mais fácil parar quando estamos juntos, abraçados.
Quando enxugamos nossas lágrimas, umas nas outras.

A saudade nem é mais a mesma, não leva nada embora.
Agora nosso amor é como um vinho, ele matura por um tempo,
e quando fechado, longe, volta melhor, mais forte, mais valioso.

I will protect you
From all around you
I will be here
Don't you cry

For one so small,
you seem so strong
My arms will hold you,
keep you safe and warm
This bond between us
can't be broken
I will be here
Don't you cry

'Cause you'll be in my heart”

E assim acabaram as palavras,
pois existem coisas que nem eu sei dizer.
Ou nem a linguagem consegue.

E esses 730 dias são Amor.


Já te fiz tantas cartas, são 4, 5, 6 ou mais.
Eu sei demais que ta demais.
Eu chego com essas palavras e você só ta querendo paz.
Você desvia pra cozinha e eu vou te amando atrás.
Se juntar cada verso meu e comparar vai dar pra ver, tem mais você que filosofia.
Tenho que me controlar se um dia quiser enriquecer.
Quem vai gostar de um blog sobre uma pessoa só?
E hoje eu falei pra mim, jurei até, que esse não seria para você e agora é.

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